por Aline Santana

Hoje começamos por aqui uma parada nova, chamada "Um livro, um filme". Alguns de vocês devem ter visto a mesma discussão no nosso Instagram, e ela consiste principalmente em comparar a adaptação de determinado livro na minha estante para as telonas (ou a adaptação de algum filme para livro, que também acontece). Pra começar o quadro, vamos falar com propriedade, não é?! 

Todo mundo sabe que eu sou apaixonada por Douglas Adams e ainda mais pelo Guia do mochileiro das galáxias (obrigada, Editora Arqueiro, por trazer para nós essa trilogia de cinco gostosa), portanto decidi comentá-lo primeiro.

Foto: Aline Santana

Publicado em 1979, e cuja história foi criada inicialmente para ser uma série de rádio, conta a história de Arthur Dent, terráqueo, amigo de Ford Prefect -- quem acreditara também ser terráqueo --, contudo o que viria a acontecer tornaria sua vida pacata em uma loucura e o transformaria em um mochileiro, como seu amigo Ford (que na verdade era cidadão nascido aos arredores de Betelgeuse).

Foto: Aline Santana

O livro é bem escrito, tem um sarcasmo que só Douglas Adams consegue expressar, arranca risadas em vários momentos e também traz algumas reflexões (também de forma escrachada característica de Adams), por tudo isso, esse é pra mim um livro cinco estrelas, com certeza favoritado no meu Skoob. ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

Foto: Divulgação

Apenas uma das adaptações da obra, a versão cinematográfica foi feita no ano de 2005, dirigida por Garth Jennings, e conta com Martin Freeman (Arthur Dent), Zooey Deschanel (Trillian) e Mos Def (Ford Prefect) no elenco. E, como o livro, também tem suas peculiaridades.

Alguns personagens são muito bem desenvolvidos no filme, no entanto alguns detalhes passam despercebidos ou são mal caracterizados mesmo. Eu diria que o filme tentou fazer um apanhado de mais de um livro da "trilogia", por isso ele
chega a ser até confuso em alguns momentos, deixando sempre a impressão de que algo se perdeu.

Sendo assim, a nota que daria para o filme seriam ⭐️⭐️⭐️ (em estrelinhas, 3), com créditos para a maravilhosa narração na versão brasileira feita por José Wilker.

Entretanto, as funções para a quais é designado são as mais banais resultando então no PHG do androide, uma profunda e prolongada depressão, além de um sentimento de completo desprezo pela vida. "Vida? Não me fale de vida!"

Não posso deixar de comentar que, na versão original do filme, quem interpreta o androide são os conhecidos de todos os potterheads: Warrick Davis, que faz o corpo do robô e o grandioso Professor Flitwick, e o saudoso Alan Rickman, que fez com maestria a voz do personagem do Guia e o inesquecível Severus Snape.